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Estava o gordo abade posto em sossego
Do seu lauto almoço tirando bom proveito
Naquele engano de alma ledo e cego
De quem encara a vida satisfeito.
Longe estava de imaginar
A má sina já traçada:
Era a barriga a aumentar,
E a medicina a diagnosticar
“Barriga d’àgua” complicada.
Consultados os cirurgiões
Da cidade e do povoado
Não divergiam as opiniões
E o Abade ia ser operado.
Decorreu a cirurgia
Com toda a normalidade.
Recuperava da anestesia,
E ao lado, na Maternidade,
Um lindo bébé nascia
Filho de mãe solteira
Que no parto falecia.
Foi tão grande a confusão
E maior a fatalidade
Que o néné foi então
Parar à cama do Abade.
Quando este acordou
E viu tão lindo menino
Muito embaraçado pensou:
“...que coisas há no destino!
Mas oh! que grande espiga!
Será que o Doutor o achou
Dentro da minha barriga?”
Conluiadas as enfermeiras
Confirmaram ser verdade
E até foram as primeiras
A dizer à Governanta
Que a Santidade era tanta
Que por este andar, no povoado
Haveria Santo canonizado.
Com o avançar da idade
O Abade envelhecia...
O Sobrinho, na puberdade
Frequentava a faculdade
Rejuvenescendo dia a dia.
-“Sobrinho, vamos conversar
tenho algo aqui guardado”...
Era o Abade a hesitar
Se deveria ou não contar
Tudo, agora ao afilhado.
-“Padrinho! Não diga nada!
Esqueça...o que lá vai, lá vai
Eu já há muito desconfiava
Que o senhor era o meu pai”
“-Filhinho meu, estás errado!
Foi milagre nunca visto
Eu sou a tua mãe,
Por obra de Jesus Cristo...
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A minha avó começou a andar cinco quilómetros por dia quando tinha 60 anos. Agora deve ter 97 anos e não fazemos a menor ideia onde é que ela está.
A única razão por que voltei a fazer exercício, foi para voltar a ouvir respiração ofegante.
Inscrevi-me num ginásio o ano passado, gastei cerca de 200€. Não perdi nem um quilo. Só depois é que me explicaram: - Parece que é preciso ir lá.
Eu tenho que me exercitar logo de manhã, antes que o meu cérebro perceba o que eu estou a fazer.
Gosto de longos passeios, especialmente quando são dados por pessoas que me chateiam.
Tenho ancas flácidas, mas felizmente o meu estômago esconde-as.
A vantagem de nos exercitarmos diariamente é que se morre mais saudável.
Se vai percorrer um país a pé, escolha um país pequeno.
Podia ir a correr entregar isto aos amigos, mas... é mais cómodo enviar por email!
Todos os dias o Miguel, filho do dono da mercearia, rouba pastilhas elásticas ao pai para as vender aos colegas na escola.
Os colegas, cujos pais só lhes dão dinheiro para uma pastilha, não resistem e começam a consumir em média cinco pastilhas diárias, pagando uma e ficando a dever quatro.
Até que um dia, quando já todos devem bastante dinheiro ao Miguel, ele conversa com o Cabeças, - alcunha do matulão da escola, um tipo que já chumbou quatro vezes - e nomeia-o como a sua agência de rating.
Basicamente, cada vez que um miúdo quer ficar a dever mais uma pastilha ao Miguel, é o Cabeças que dá o aval, classificando a capacidade financeira de cada um dos putos com "A+", "A", "A-", "B"...e por aí fora.
A Ritinha, que já está com uma dívida muito grande e com um peso na consciência ainda maior, acaba por confessar aos pais que tem consumido mais pastilhas do que devia.
Os pais, percebendo que a Ritinha está endividada, estabelecem um plano de ajuda para que ela possa saldar a sua dívida, aumentando-lhe a semanada mas obrigando-a a prometer que não irá gastar mais enquanto não pagar a dívida contraída.
O Cabeças quando descobre isto, desce imediatamente orating da Ritinha junto do Miguel que, por sua vez, passa a vender-lhe cada pastilha pelo dobro do preço. A Ritinha, já viciada em pastilhas, prolonga o pagamento da sua dívida, dividindo o Miguel o lucro daí obtido com o Cabeças que, sendo o mais forte, é respeitado por todos.
In blog "Partilhar Diferenças"
Rico de farda é oficial
Pobre fardado é porteiro
Rico com pistola é precavido
Se for pobre…arruaceiro!
Rico com malinha na mão
É gestor financeiro
Pobre carregando mala
Está fugindo com dinheiro!
Rico com motorista
É milionário de peso
Mas se for um pobre
É certo que vai preso!
Rico de sandálias é turista
Se for pobre é mendigo
Rico a correr é desportista
Se corre o pobre é fugitivo
O Rico quando come
Fica bem alimentado
Se Pobre mata a fome
Já não fica esfomeado!
O que foi escrito por agentes da autoridade:
“- Um agente da PSP desloca-se à residência de um casal que anda desavindo
e escreve no auto de notícia que: "o sr. x anda muito frustrado
porque pagou cerca de 5 mil euros pelos implantes mamários da sua mulher
e suspeita que outro cidadão está a usufruir desses dividendos".
- A GNR participa acidente e explica que
"naquele local o asfalto da estrada era de terra batida".
- O gatuno era "herdeiro e vozeiro naquele tipo de condutas".
- Auto de notícia em que se diz que a ofendida foi encontrada em "lã-jeri".
- O arguido era "de raça nómada".
- O arguido resolve acabar o seu requerimento de uma forma cordial:
" Pede deferimento" e logo a seguir ... "As minhas sinceras condolências".
- "O denunciado proferiu vários impropérios na Língua de Camões e também em língua francesa"
-"O individuo trazia o produto estupefaciente junto do órgão genital masculino vulgo pénis"
- Diligência de inquérito: "Solicite à PSP que, em 48h,
diligencie por identificar o denunciado que se sabe ter cerca de 16 anos e usar boné"
- Quem comete o crime de "borla" é um "borlista" profissional.
- Auto de denúncia: "enquanto proferiam tais ameaças permitiam-se ainda
chamar nomes ofensivos tais como "p...a, vaca, jornalista, advogada, ladra,
que era boa era para ir para a Ordem dos Advogados".
- Um arguido antes de bater no ofendido atirou-lhe com uma caixa em plástico,
"nomeadamente um tampa-roer".
- "O arguido atirou um paralelo-ipípado".
- "O arguido trazia uma techerte azul às riscas".
- "Os meliantes colocaram-se em fuga, ao volante de uma Picap"
- Na sequência de uma queixa por crime de furto de um veículo
a GNR informa que recuperou a dita viatura no entanto a mesma vinha cheia de moças.
- Caso de uma averiguação de causa de morte
em que foi determinada a "autópsia parcial" do cadáver.
- Auto de notícia em que a GNR denuncia o furto de
24 galinhas das quais uma era galo.”
Um bombeiro à civil ia passeando, quando repara
que do outro lado da rua, está um menino vestido de bombeiro,
sentado em cima de um carrinho de bombeiros,
puxado por um Cão e um Gato.
Só que enquanto o Cão tem a coleira ao pescoço,
o Gato tem a coleira à volta dos testículos.
Intrigado com tal situação, aproximou-se da
criança e começou a falar:
- Olá. Como te chamas?
- João.
- Olá João. Pelos vistos queres ser bombeiro?
- Pois quero.
- Sabes eu também sou bombeiro, só que não estou fardado.
Foste tu que fizeste a roupa e o carrinho?
- Fui.
- Está muito bem feito. E como não tens motor, puseste o Cão e o Gato
a puxar-te. Muito engenhoso sim senhor. Mas olha, se apertares a
coleira do Gato no mesmo sítio onde apertaste a do Cão, vais muito
mais depressa.
- Pois é, mas assim não tinha sirene!!!
Foi lembrado o centenário da grande Carmen Miranda
no ano de 2009...
Também nasci no Marco de Canaveses,
como ela, só que 30 anos depois, em 1939 .
Muito me surpreendeu e alegrou o destaque
que todos os media deram a esta efeméride.
Aqui pude rever os meus tempos de menino,
pois fui nascido e criado
numa aldeia semelhante àquela,
embora noutra freguesia...
Na terra da Carmen Miranda,
corre um ribeirito chamado Rio Ovelha,
que deu o nome à freguesia de Várzea da Ovelha,
Na minha terra corre outro
( onde aprendi a nadar) que se chama Rio Odres...
Em 1909…
O Barbeiro de Várzea de Ovelha era o Zé Pinto,
cujo nome completo era
José Maria Pinto da Cunha,
longo demais para os vizinhos…
nas aldeias abrevia-se tudo.
Um barbeiro na zona do Marco de Canaveses,
naqueles tempos tão recuados,
não possuía qualquer barbearia…
deambulava de porta em porta
com o seu estojo de barbear,
que além de navalha,
do pincel, do sabão e do amolador,
ainda continha um alicate especial
para arrancar dentes…
Na minha freguesia, o barbeiro,
senhor Alexandre,
também capava frangos,
ofício que ensinou e passou para a minha mãe…
Muitas vezes ajudei nessa tarefa.
Os Barbeiros eram pagos ao ano
em medidas de cereal, malgas de feijão,
uma por cada espécie
e ainda umas “ quatro canadas” de vinho
(pouco mais que um litro)
Quase todas as famílias tinham a sua hortinha
onde cultivavam as hortaliças e alguns cereais…
No curral, o porquinho ia engordando,
com os restos da cozinha
que numa pia de granito,
eram misturados com abóboras amarelas
e algum farelo que vinha do moinho.
Não duvido que o Zé Pinto
não tenha escapado
a esta carestia de meios de subsistência.
Tal facto esteve na origem da decisão
que tomou de emigrar para o Brasil
que então era o destino mais apetecível.
Minha mãe tinha doze irmãos.
Dez emigraram:
Dois para Moçambique e oito para o Brasil.
O que se passou depois
com o Zé Pinto e a filha
Maria do Carmo Miranda da Cunha
(que passou a ser Cármen Miranda),
já é do conhecimento de todos.
Mas julgo que nem todos sabiam
como se vivia em Várzea de Ovelha
no fim do século dezanove
e princípios do século vinte.
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