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Quando me ataca a nostalgia
Subo à Senhora do Monte,
Lugar de onde se aprecia
A silhueta, bela e esguia
Da nossa linda ponte
Cada vez mais me convenço,
Ao contemplar o casario,
De que a cidade a que pertenço,
A rua em que moro, vivo e penso.
Não é minha! Não é nossa! È do Rio!
Tenho em frente o Bairro Alto
O Carmo, o Rossio e o Chiado
Vejo muita telha, pouco asfalto...
E a imaginação dá um salto
Por baixo de cada telhado.
Estou muito perto do Castelo
Que a vista olvida...não sei!
Habituou-se tanto a vê-lo
Sempre lindo, exuberante, belo
Que o trocou pelo “ Cristo Rei.”
Olhar meu, porque vais e vens
Da outra margem tão amiude,
Quando deste lado tens
A Cadeira de São Gens
E a Senhora da Saúde???
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