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A minha avó começou a andar cinco quilómetros por dia quando tinha 60 anos. Agora deve ter 97 anos e não fazemos a menor ideia onde é que ela está.
A única razão por que voltei a fazer exercício, foi para voltar a ouvir respiração ofegante.
Inscrevi-me num ginásio o ano passado, gastei cerca de 200€. Não perdi nem um quilo. Só depois é que me explicaram: - Parece que é preciso ir lá.
Eu tenho que me exercitar logo de manhã, antes que o meu cérebro perceba o que eu estou a fazer.
Gosto de longos passeios, especialmente quando são dados por pessoas que me chateiam.
Tenho ancas flácidas, mas felizmente o meu estômago esconde-as.
A vantagem de nos exercitarmos diariamente é que se morre mais saudável.
Se vai percorrer um país a pé, escolha um país pequeno.
Podia ir a correr entregar isto aos amigos, mas... é mais cómodo enviar por email!
Este poema eu dedico
À Lisboa que eu amo
E ao lugar de onde fito
Um horizonte infinito
Durante todo o ano.
Este Miradouro é teu…
Ao povo alguém o deu!
Tem o nome da Senhora
Que naquele Monte mora
Em comunhão de bens
Com o beato São Gens…
De fora ficou São Vicente
Majestoso e imponente
Junto à Voz do Operário…
Trabalha sem salário,
Toma conta de Alfama,
Bairro que o povo ama
E vira pandemónio
Em noite de Santo António!
De Santa Clara é o Campo
Onde duas vezes por semana
Se vende em qualquer canto
Um bom conjunto de cama,
O retábulo de um santo
Ou a nudez de uma dama!
Dos Santos, é a maioria
Dos lugares da capital:
Mira-se de Santa Luzia
São José tem Hospital…
Se não fosse Santa Maria
Quem nos livrava do mal?
Pode ver qualquer pessoa…
Nem o Castelo lhes foge…
Se ele era de Lisboa,
Por que o deram a São Jorge?
Bem famosa é a Sinfonia
Que do Tempo o nome tem!!!
Mas agora não queria
Comentar a melodia
Que conhecem muito bem.
São uns grandes toleirões
Os que pensam só no tempo...
Porque me refiro às Estações
Onde passam emoções
À velocidade do vento.
Santa Apolónia- Gare!!!
Ouve-se nos altifalantes...
É o Chefe a anunciar
A Linha onde vai parar
O Combóio dos Emigrantes.
A segunda das estações
Deve ser a do Rossio...
Movimenta as frustrações
Dos que exercem profissões
Do outro lado do Rio
De todas a mais fria
É a do Cais do Sodré...
Ali ninguém anuncia
O combóio ou a via...
Basta ler o rodapé.
Campolide é confusão
De material e muitas vias...
É para ali que vão
Os comboios que estão
Com graves avarias
Já foram mencionadas
Quatro das principais
Onde partidas e chegadas
São por vezes marcadas
Por suspiros e ais...
Quem parte leva saudade,
Quem não vai com ela fica...
Esta a mais pura verdade
Que define a identidade
Da gente pobre... e da rica!
Nem só de ladrões e ladras
Vive a Feira em questão
Vive dos pequenos nadas
Que temos ali sempre à mão.
Na barraca das ferramentas
Podes achar de tudo
Desde chaves ferrugentas
Até às luvas de veludo
Dois martelos de orelhas
Um alicate e dois formões
Seguram as capas velhas
Dos sonetos de Camões
O Cúmulo das heresias
É a miniatura do Cristo Rei
Em cima de fotografias
Tão porcas que nem sei!!!
Há peças de computadores
Em perfeita harmonia
Com os dois contadores
O da água e o da energia
Há pregos e parafusos
De toda a forma e tamanho
Para os mais diversos usos.
Também há solda de estanho
Vi atados por um cordel
Vários livros bem notáveis,
Embrulhados num papel
Descobri “ Os Miseráveis”
A Bíblia Sagrada repousa
Sem pejo, no maior descaro,
Entre o Frei Luís de Sousa
E O Crime do Padre Amaro
Vídeos de pornografia
Cds de música pirata
Convivem todo o dia
Com dois cinzeiros de prata
Tudo isto Lisboa tem
Só a dois passos da Graça
E até São Vicente cá vem
Abrir portas a quem passa
Cristo viu que a Madalena
Ia morrer apedrejada...
E achou que valia a pena
Salvar a desgraçada
Depois de lhe perdoar
Os pecados conhecidos
Tratou de a livrar
Dos Judeus enfurecidos
Todo aquele que nunca errou
Seja o primeiro a atirar!!!
Jesus Cristo assim falou.
O povo já recuava
Quando um tijolo voava
E em cheio acertava
Na Maria arrependida.
Cristo muito entristecido
Repreendeu aquele “traste”
E perguntou decidido:
“Será que nunca erraste?”
Responde, meu irmão!
Diz a verdade e sem receio.
-“A esta distância... não!
Acerto sempre em cheio”!!
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=53966#ixzz1Tg9sHWgi
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Numa pequena cidade viviam dois homens
que tinham o mesmo nome: “José Pinto da Costa”,
um era sacerdote e o outro, taxista.
Quis o destino que morressem no mesmo dia,
quando chegaram ao céu, São Pedro esperava-os.
- O teu nome?
“José Pinto da Costa”,
- O sacerdote?
- Não, o taxista.
São Pedro consulta as suas notas e diz:
- Bem, ganhaste o paraíso. Leva esta túnica com fios de ouro.
Podes entrar.
A seguir...
- O teu nome?
“José Pinto da Costa”,
- O sacerdote?
- Sim, eu mesmo.
- Bem, ganhaste o paraíso. Leva esta túnica de linho.
Podes entrar.
O sacerdote diz:
- Desculpe, mas deve haver engano. Eu sou o “José Pinto da Costa”, o sacerdote!
- Sim, meu filho, ganhaste o paraíso. Leva esta túnica de linho e...
- Não pode ser! Eu conheço o outro senhor.
Era taxista, vivia na minha cidade e era um desastre!
Subia nos passeios, não respeitava as passadeiras
Batia com o carro todos os dias,
Conduzia pessimamente e assustava as pessoas.
Nunca mudou, apesar das multas e repreensões policiais.
E quanto a mim, passei 75 anos pregando todos os Domingos na Paróquia…
Como é que ele recebe a túnica com fios de ouro e eu.....isto?
- Não há nenhum engano - diz São Pedro.
Aqui no céu, adoptamos uma gestão
mais profissional do que a de vocês lá na Terra.
- Não entendo!
- Eu explico:
- Agora o que conta são os objectivos de produção…
e observamos que nos últimos anos,
cada vez que tu pregavas, as pessoas dormiam.
E cada vez que ele conduzia o táxi, as pessoas rezavam.
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